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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2002 Linda Lucas Sankpill

© 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Atracção desesperada, n.º 503 - janeiro 2019

Título original: Desperado Dad

Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.:

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Créditos

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Capítulo Onze

Capítulo Doze

Epílogo

Se gostou deste livro…

Capítulo Um

 

 

 

 

 

Manny Sánchez pensou que a chuva tinha uma vantagem: ajudava a ocultar a sua silenciosa perseguição nocturna. Avançava com a sua Harley pela fria e dura rua, praguejando contra o temporal e, ao mesmo tempo, agradecendo o facto do temporal servir para o esconder.

Uns segundos depois, a furgoneta que seguia diminuiu a velocidade. Quando se acenderam as luzes dos travões, assaltaram-lhe imagens de devastadores acidentes de viação. Com os seus trinta e quatro anos, vira muitos ferros retorcidos e a lembrança da sua própria dor cravou-se no seu peito.

Mas, naquele momento, não se podia deixar levar pelo passado. No interior do veículo estava uma criança. A vida fora sempre muito cruel para Manny, no entanto, não estava disposto a permitir que a curta existência daquela criança acabasse daquela maneira. Não o consentiria. Outra vez, não.

Através da viseira do seu capacete, molhada pela chuva, viu com horror que a furgoneta entrava numa ponte baixa, meio coberta pelas águas, e que escorregava no pavimento molhado.

Manny estremeceu e teve a sensação de que ninguém sairia com vida dali.

De repente, a sua moto passou por cima de uma camada de gelo e perdeu o controlo. Tirou o pé do acelerador e levou a Harley para a gravilha que cobria a margem, mas não conseguiu evitar cair ao chão e bater com força no ombro esquerdo. Felizmente, trazia vestido um casaco de couro e não se magoou muito. A moto saiu disparada na direcção oposta, arranhando o asfalto e fazendo saltar faíscas até parar a uns metros de distância.

Levantou-se e ficou contente por verificar que ainda conseguia andar. Lamentavelmente, não tinha tempo para ver se tinha partido algum osso ou se estaria a sangrar. Tirou o capacete, atirou-o para o lado e correu para a ponte.

Quase em câmara lenta, Manny pôde ver que a furgoneta perdia o contacto com o asfalto e que deslizava para a água do rio. E, antes de que pudesse fazer qualquer coisa, o veículo caiu de lado e começou a ser arrastado pela forte corrente.

Ficou sem respiração ao observar a cena. Sentia-se profundamente angustiado e culpado. Perguntou-se porque é que não tinha encontrado alguma desculpa para deixar o caso naquele mesmo dia ou no dia anterior. Por que é que não se tinha afastado de tudo aquilo na semana anterior, antes de que as coisas tivessem começado a correr para o torto?

Enquanto a água arrastava a furgoneta, Manny pôde ouvir um forte chiar de metais, como se a força da corrente estivesse a apertar a furgoneta. O incessante barulho da chuva misturou-se com os batimentos desenfreados do seu coração.

Fosse como fosse, não tinha tempo para recriminações. Por isso, mais uma vez esqueceu as suas emoções e reagiu perante a tragédia como tinha sido treinado, actuando sem hesitações.

Naquele preciso momento, a furgoneta chocou contra um monte de troncos que se tinham acumulado contra umas árvores na margem do rio. E foi tudo o que ele precisou, correu para o veículo antes de que se soltasse e seguisse o seu caminho.

Quando chegou perto do local, pensou no que ia fazer e pensou se alguém teria sobrevivido. A furgoneta estava meio submergida nas águas escuras que continuavam a subir de nível. Desde a margem, só conseguia ver o tecto, por isso, não podia ter a certeza.

Apesar da dor do seu ombro esquerdo, subiu ao veículo e tentou abrir a porta do passageiro. Demorou vários minutos para o conseguir, um tempo precioso, mas por fim, conseguiu-o e olhou para o interior do veículo.

– Conseguem ouvir-me? – inquiriu.

Ao olhar com mais atenção, observou que não estava ninguém no banco do passageiro. O silêncio era tão terrível que durante um momento pensou que tinham morrido todos.

Entrou na furgoneta e, naquele momento, ouviu o inconfundível choro de uma criança. Contra todos os prognósticos estava viva, mas não o conseguia ver na escuridão.

Submergiu-se na água, no lugar onde deveria estar o condutor, mas não encontrou ninguém. Supôs que o sujeito que guiava a furgoneta deveria ter sido levado pelas águas.

Tão rapidamente como pôde, Manny voltou a sair da furgoneta e novamente tentou abrir a porta de correr da parte traseira. Puxou com todas as forças e, mais uma vez, sentiu uma dor no ombro.

Por fim, a porta cedeu e viu a criança. Ainda estava na sua cadeirinha, que felizmente flutuava na água. Tentou agarrá-la, mas a cadeira ainda estava amarrada com o cinto de segurança a um dos bancos traseiros e teve que tirar a sua navalha do bolso para poder cortar o cinto.

Umas mãos pequeninas tocaram no rosto dele.

– Estás bem, pequenino? – inquiriu, tentando dissimular o seu nervosismo. – Vou já tirar-te daí.

O menino de cabelo escuro, vestido só com uma camisola e uma fralda, começou a chorar, mas fê-lo suavemente, quase com timidez, e o coração de Manny encolheu-se.

– Pa… pá?

A criança voltou a tocar nele e agarrou-se ao seu casaco.

– Não sou o teu papá, pequenino, mas não tenhas medo. Não vou deixar que te aconteça nada.

Manny voltou a lembrar-se do passado e lembrou-se que aquele pequeno já tinha perdido o seu pai e a sua mãe. A sua vida começara tragicamente e prometeu que, custasse o que custasse, a partir daquele momento, tomaria conta dele.

Por fim, e com mais esforço do que o seu ombro podia suportar, o cinto cedeu perante o fio da sua navalha. A criança agarrou-se ao seu pescoço, desesperada.

Manny fechou a navalha e guardou-a num dos bolsos traseiros das calças, enquanto sentia algo muito parecido ao pânico. A dor do ombro aumentara e não sabia como sair da furgoneta naquelas condições com a criança ao colo.

– Dá-me a criança a mim…

– O quê? – inquiriu, surpreendido.

A voz da mulher tomou-o totalmente de surpresa.

Quando levantou o olhar, viu que dois braços se estendiam para ele através da porta de correr. Perguntou-se de onde teria saído, se estivera também dentro do veículo. Mas isso não era possível.

– Despacha-te. Não temos muito tempo…

A intervenção da desconhecida bastou para que Manny reagisse. Entregou-lhe a criança e a mulher agarrou-a com força.

– Sossega, pequeno, tenho-te bem agarrado – declarou ela, numa voz doce.

Assim que se afastaram da porta, Manny conseguiu voltar a subir para a parte lateral do veículo. Ao chegar ao topo, viu que a mulher olhava para a margem, como se não soubesse como sair dali.

A chuva fustigava-os e tornava qualquer movimento difícil. Manny tomou uma decisão rápida. Desceu da furgoneta e conseguiu aterrar no monte de restos acumulados pela corrente.

Depois, estendeu o braço que não lhe doía à mulher e declarou:

– Passa-me a criança e depois desce. Eu segurar-te-ei.

– Estás ferido, achas que consegues?

– Não é nada. Foi só um golpe no ombro.

A mulher não parecia ter muita certeza das suas explicações, mas entregou-lhe a criança. O pequeno aferrou-se ao seu casaco de couro e, passado um bocado, Manny ajudou-a a descer do veículo.

Em poucos segundos, estavam na margem.

– Há mais alguém lá dentro? – inquiriu ela.

Manny negou com a cabeça.

Pela primeira vez, Manny reparou na desconhecida. Era alta, uns poucos centímetros menos do que o seu metro e oitenta de altura, e tinha o cabelo comprido completamente encharcado. Vestia um impermeável fosforescente que lhe ficava excessivamente grande e que a fazia parecer mais nova do que era, embora ele achasse que deveria ter uns vinte e cinco anos.

No entanto, os seus olhos foram o que mais lhe chamou a atenção. Estavam cheios de perguntas e na escuridão não conseguiu ver de que cor eram. Cheios de emoção, a sua expressão tornava-a doce e forte ao mesmo tempo, embora naquele momento mostrassem um pânico evidente.

Manny considerou a possibilidade de que o condutor do veículo ainda estivesse vivo. Era um fim demasiado trágico para um homem que, evidentemente, assustara-se no café Del Río e decidira ir directamente ver o seu chefe. Infelizmente, a força da natureza interpusera-se no seu caminho.

Em todos os anos que trabalhara nas operações contra o tráfico de crianças, nunca seguira nenhum dos delinquentes tão longe da fronteira. Geralmente, as crianças eram raptadas no México ou na Europa e depois entravam nos Estados Unidos pela fronteira do Sul. Quase todas as vendas de crianças eram realizadas nas grandes cidades do Texas e a ideia de que agora também eram realizadas nas pequenas localidades desgostou-o.

Fosse como fosse, disse para si que seria impossível encontrar o corpo naquela noite, portanto deixou aquele problema de lado.

Sem hesitações, aproximou-se da mulher e abraçou-a com o seu braço ferido, sem deixar de segurar a criança com o outro.

– Teremos de nos resguardar da chuva.

– O meu… todo-o-terreno…

Manny levou-a para a estrada. Tinham dado uns poucos passos em frente, quando a corrente arrastou o veículo da margem e levou-o rio abaixo.

Na estrada, Manny conseguiu ver o todo-o-terreno da mulher. Era um veículo com uns quinze anos de idade e com tracção às quatro rodas que estava parado com as luzes acesas no meio do asfalto.

– Achas que consegues guiar? – inquiriu ele.

Ela anuiu e entrou na furgoneta. Manny sentou-se ao seu lado e desabotoou o casaco, apoiou a criança no seu peito e tapou-a com o casaco para lhe dar segurança. Talvez fosse perigoso irem pelas estradas naquele estado e com aquele temporal, mas era a única maneira de não morrerem de frio.

Olhou para a mulher e viu que tinha posto o cinto de segurança, mas que tinha as mãos a tremer tanto que não parecia ser capaz de segurar no volante.

– Tens a certeza de que consegues guiar?

– Sim – replicou, com hesitação. – A água está a subir a tal velocidade que, se não nos despacharmos, ficaremos presos entre as duas torrentes. A minha quinta fica perto daqui, no alto de uma colina. É a única oportunidade que temos.

A mulher arrancou e afastaram-se do rio.

Então, Manny reparou que não sabia o nome dela nem de onde era.

– Obrigado por nos teres ajudado – declarou ele. – Foi um acto muito corajoso da tua parte, embora também perigoso.

A mulher não disse nada. Estava concentrada a olhar para a estrada.

– O meu nome é Manny Sánchez. E tu, como é que te chamas?

– Randi.

– O quê?

– Chamo-me Randi. Randi Cullen. E moro no rancho Running C.

Manny sobressaltou-se. Era esse o nome do rancho que os delinquentes tinham mencionado na sua conversa no café Del Río. Perguntou-se se aquela mulher estaria envolvida no assunto e pensou que encaixava no papel de suspeita. Mas só havia uma maneira de o averiguar, teria de a vigiar.

Decidiu que seria melhor manter-se perto dela, fosse como fosse e custasse o que custasse.

 

 

Randi fechou as mãos sobre o volante e olhou durante um instante para o homem moreno e com ar perigoso que a observava desde o banco do passageiro. Irradiava uma energia, cheia de tensão, e ela sentia-se assustada e excitada ao mesmo tempo.

Ainda não sabia o que é que a tinha feito sair do todo-o-terreno e subir para aquela furgoneta. Na realidade, não tivera tempo para considerar as complicações e agora já não o podia fazer, não tinha outra opção senão levar o homem e a criança para a sua casa.

Ao ouvir o choro da criança, esqueceu-se de repente do perigo da situação e decidiu actuar. Nunca fizera algo parecido na sua vida e o simples facto de pensar naquilo fez com que ficasse a tremer, mas mesmo assim sentiu-se orgulhosa do que fizera.

E, durante a última meia hora, sentira-se mais viva do que nos últimos anos. Levar aquele homem para casa podia ser perigoso, mas não lhe importava. De alguma maneira estranha, sabia que podia confiar nele. Havia qualquer coisa no seu comportamento que lhe fazia lembrar um velho amigo, o ajudante do xerife.

Pelo que sabia, viajava sozinho com o seu filho. Por outro lado, tinham precisado da sua ajuda e ela pudera ajudá-los. A frustrante sensação de se sentir impotente perante a vida, e que acumulara durante tanto tempo, desaparecera em questão de minutos.

– É um nome pouco usual para uma mulher – comentou ele.

– Randi? Sim, acho que sim. Era o diminutivo do nome da minha avó, que se chamava Miranda – explicou ela.

– É um nome muito bonito.

Ela ruborizou-se. Olhou para ele e reparou que sorria, divertido. O sorriso iluminou por completo o seu rosto e tornou-o no homem mais atraente que vira na sua vida.

Não era o típico homem bem-parecido, as suas feições eram demasiado duras e o seu nariz demasiado grande, mas tinha uma expressão de dureza e de intensidade, como se sob a sua aparência aparentemente civilizada se escondesse um perigoso predador. E era grande, alto e forte. Ocupava boa parte do interior do veículo.

– Foi a minha mãe que me pôs o nome – comentou.

– Ouve, Randi, tenho que te fazer uma pergunta… O que é que estavas a fazer no meio deste dilúvio?

Randi fez um esforço para se acalmar e respondeu à pergunta.

– Estava a voltar para casa. Quando soube do temporal, parei para comprar comida no supermercado.

Ainda estava tão nervosa que quase não conseguia falar, por isso, respirou fundo e sentiu o cheiro a couro molhado, suor e masculinidade, que desprendia daquele indivíduo. Uma sensação estranha começou a crescer no seu interior.

Inconscientemente, olhou para as mãos dele para ver ser tinha algum anel no dedo.

– E, quando voltava para casa, vi as luzes de um veículo na ponte – continuou ela. – Todos os carros sabem que não devem atravessar pela ponte quando as águas sobem, por isso, pensei que fosse um forasteiro e percebi que estaria com problemas.

Não tinha aliança. Randi reparou que ele não trazia aliança no dedo, mas isso não queria dizer grande coisa. As pessoas nem sempre usavam aliança e, ainda por cima, havia a criança.

Ao pensar na criança, virou-se e olhou para ela. Ficou surpreendida ao ver que adormecera contra o forte peito do homem de cabelo preto.

– Não podemos ir até ao hospital. Dado que a corrente nos alcançaria antes. A criança está bem? Poderás arranjar-te?

– Sim, acho que sim – replicou ele.

– Como se chama?

– Eu não… Ricardo… Ricky – mentiu.

Pela resposta estranha que dera, Randi pensou que talvez estivesse tão nervoso quanto ela, mas não acreditava nisso. Não depois de o ter visto em acção. Tinha entrado na furgoneta e resgatara a criança no meio do temporal.

– Acho que ficará bem – continuou ele. – Deixou de tremer há uns minutos atrás, no entanto, seria melhor vesti-lo com roupa seca.

– É verdade. Já tivemos molha suficiente por hoje. Mas estamos quase a chegar ao meu rancho.

Passado um bocado, conseguiram ver o cartaz da entrada do rancho Running C.

Randi parou o carro e saiu para abrir o portão. Não foi fácil porque o chão estava cheio de lodo e as grades do portão não abriam facilmente.

Maldisse a sua sorte, sabia que depois da chuvada o caminho para a sua casa estaria num estado lamentável. E desta vez não tinha dinheiro para o mandar arranjar.

no.

Quando falava parecia tímida. Tinha sardas no nariz e era muito magra, mas as suas ancas tinham uma forma muito sedutora por debaixo do vestido.

No entanto, aquela não era a situação mais apropriada para prestar atenção ao desejo que sentia quando os seus olhares se encontravam. Mas aquilo surpreendera-o e ainda estava a tentar recuperar.

Randi voltou passado um bocado.

– Dá-me o Ricky que e eu tomarei conta dele. Tens que despir essa roupa, estás encharcado.

A mulher deixou as toalhas e os cobertores no balcão da cozinha e ele entregou-lhe a criança, antes de despir o seu casaco. Manny descobriu então que a temperatura da cozinha subira bastante em questão de minutos. Mas não se incomodou em perguntar se se devia ao calor da estufa ou à proximidade de Randi.

Depois, enquanto descalçava as botas, teve a estranha sensação de ter estado antes ali, ou melhor dito, de se sentir como em casa. Talvez porque o lugar dava-lhe uma enorme sensação de segurança e lhe fazia lembrar a casa da sua avó no México.

Ficou ali, desfrutando do momento, com as botas cheias de água nas mãos, enquanto Randi despia o menino e lhe secava o cabelo. Evidentemente, sabia tratar de crianças.

Então, lembrou-se do que acontecera e pensou que não permitiria que aquele inocente acabasse nas mãos de um bando de canalhas. Não seria justo.

Pela primeira vez desde que fizera o juramento, quando tomara posse do seu cargo, maldisse o seu trabalho. Detestava fazer-se passar por alguém que não era. Odiava que as pessoas tivessem medo dele.

Mas tinha que fazer o seu trabalho, sobretudo tendo em conta que havia a possibilidade de Randi estar envolvida naquele caso. Aquele bando de traficantes internacionais não merecia nenhuma piedade. No entanto, teria dado qualquer coisa para descobrir que aquela mulher era tão inocente como parecia.

Entretanto, Manny deveria controlar as suas emoções e sair daquela casa e da vida daquela mulher o mais rapidamente possível, com a sua libido e a sua alma perfeitamente intactas.