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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 1999 Judy Christenberry

© 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Um amor para toda a vida, n.º 593 - novembro 2019

Título original: Baby in Her Arms

Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-1328-580-1

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Créditos

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Capítulo 11

Capítulo 12

Epílogo

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Capítulo 1

 

 

 

 

 

– Guaaa!

Josh McKinley olhou para a menina, que estava deitada no banco do carro, como se fosse uma extraterrestre acabada de chegar à Terra.

– Ouve – declarou ele, razoavelmente, mas com a voz desesperada. – Sei que não estás muito contente, mas eu também não estou. Bom, não é que não o esteja, é que… sei que tu és… Diabo! Nem sequer sei o que quero dizer.

A menina limitou-se a responder com um pequeno soluço. Não que ele esperasse que uma menina de oito meses falasse com ele, mas Josh não tinha com quem falar. E, pelo menos, assim conseguia que a menina parasse de chorar.

Ou, pelo menos, era isso que pensara. Aparentemente, a menina só fizera uma pausa para continuar a chorar ainda mais alto.

Josh, muito nervoso, inclinou-se e acendeu o rádio. O rock duro que ele costumava ouvir não parecia ser o mais apropriado para aquele momento, pelo que procurou as várias emissões até que encontrou uma com música suave.

Novamente, a menina, a sua menina, parou de chorar. A sua filha.

Quando o Serviço de Protecção aos Menores tinha telefonado para o seu gabinete, naquela manhã muito cedo, ele não pudera responder imediatamente. Estivera muito ocupado. E ele não se ocupava de casos relacionados com crianças.

Joshua McKinley, Investigador Privado, era um dos melhores detectives de Kansas City e podia escolher perfeitamente os casos que lhe interessavam.

No entanto, tinham voltado a telefonar-lhe, deixando novamente uma mensagem. Naquele momento, estava numa consulta com um cliente com um caso complicado. Telefonar-lhe-ia mais tarde. Provavelmente, só queriam um donativo ou algo parecido.

Às cinco e meia, ele já acabara de perfilar os pormenores dos vários casos e estava a falar ao telefone com uma modelo com a qual já tinha saído várias vezes quando recebeu o sinal que tinha outra chamada em linha. Esteve quase para não lhe prestar atenção, mas a modelo parecia ter pedras no cérebro e aquela chamada poderia ser um novo caso.

– Estou?

– É Joshua McKinley que fala?

– Sim, em que é que a posso ajudar?

– Poderia começar por responder às chamadas – replicou a mulher, algo indignada, do outro lado da linha.

– Quem fala?

– Sou Abigail Cox, do Serviço de Protecção aos Menores. Não recebeu as minhas mensagens?

– Sim, recebi – replicou Josh, incomodado. Nem sequer a sua mãe lhe falara daquela maneira. – Mas tenho estado a trabalhar.

– E eu tenho uma menina muito descontente que precisa do seu pai.

– Senhora, se o caso não é demasiado complicado, poderei tomar conta do assunto, com sorte, dentro de uns dias. Mande-me os pormenores do caso.

– Senhor McKinley, não acho que sejam precisos os seus dotes de Sherlock Holmes para encontrar o pai. É o senhor.

Josh limitara-se a abrir a boca, sem emitir nenhum som. Afastou o auscultador do ouvido e olhou para ele como se lhe tivesse mordido. Finalmente, depois de o voltar a pôr no ouvido, replicou:

– O que é que disse?

– É surdo, para além de atrasado mental? Disse que…

– Oiça, minha senhora. Eu não tenho que ouvir os seus insultos e não…

– Tem razão. Desculpe. Tem sido um dia muito difícil.

Josh notou o cansaço na voz e imaginou como aquela mulher se sentiria. No entanto, tinha a certeza de que ele não tinha nada a ver com crianças e que aquela mulher teria que enfrentar o facto de que cometera um erro.

– Estou a ver – declarou ele. – Espero que encontre o homem que procura – acrescentou, para dispor-se a desligar a comunicação. No entanto, ela impediu-o com um grito. – Sim?

– Senhor McKinley, o senhor é o homem que eu procuro.

Joshua voltou à realidade do carro, graças aos pulmões da sua pequena acompanhante. Evidentemente, cansara-se da música, pelo que chorava com todas as forças, distraindo Josh dos seus pensamentos.

– Bebé, não faças isso – murmurou ele, agarrando a cabeça com uma mão. Estava a ficar com uma dor de cabeça insuportável.

Uns enormes olhos azuis olharam para ele. Depois, a menina abriu a boca e começou novamente a chorar.

Josh não sabia o que fazer. Ele não tinha experiência com crianças. E ainda por cima era uma menina! Talvez, se tivesse sido um menino, teria sabido melhor o que fazer, mas com uma menina…

Mais uma vez começou a rever mentalmente a lista das suas amigas e abanou a cabeça desesperadamente. A sua única família era uma prima que morava em Boston. E não saía com alguém regularmente desde Julie e as consequências estavam à vista… Atónito, voltou a olhar para a menina.

Enquanto guiava, ia examinando a vizinhança. Não é que esperasse encontrar ali a resposta, já que o resto do mundo parecia alheio às dificuldades pelas quais estava a passar naquele instante. No entanto, de repente, viu o letreiro luminoso do restaurante Lucky Charm.

Mike O’Connor! Josh trabalhara para ele há uns anos atrás, mesmo antes do homem ter falecido. Tinha duas filhas e Josh descobrira uma terceira da qual Mike não sabia a existência. Tal como lhe acontecera a ele…

Como é que se chamavam as suas filhas? Kathryn, Mary Margaret e… e Susan. Rapidamente, meteu o carro no estacionamento. Eram quase dez da noite. Nem que fosse só isso, elas dar-lhe-iam leite para a menina. E talvez conselhos. Aceitaria tudo o que lhe dessem.

 

 

Mary Margaret O’Connor sorriu. Kate ia ficar muito contente. Não é que Kate dependesse do dinheiro que tiravam do restaurante. Tinha-se casado com Will, mas quanto mais dinheiro fizessem com o restaurante, mais poderiam ajudar Susan.

Kate entregava um terço dos lucros a Maggie, outro terço a Susan e ela ficava com um terço. Afinal de contas, o restaurante era a herança que o seu pai deixara às três.

Se o seu pai voltasse à vida, nem reconheceria o restaurante. Kate restaurara-o para adequá-lo à classe mais elegante da cidade de Kansas.

De repente, os pensamentos de Maggie viram-se interrompidos por um barulho. No início, pensou que fosse uma sirene, mas rapidamente percebeu que era um bebé a chorar.

A curiosidade fez com que se levantasse da cadeira. Agarrando numa chávena vazia como desculpa, Maggie saiu do seu pequeno gabinete, que ficava atrás da cozinha, e dirigiu-se para a sala de jantar do restaurante.

Quando chegou, viu um homem muito atraente que trazia uma menina ao colo. Segurava-a como se fosse uma bola de bowling e não soubesse o que fazer com ela.

– Que bom que veio – declarou Wanda, a empregada do turno da noite.

– O que é que aconteceu? – inquiriu Maggie, projectando a sua voz sobre o choro da criança. Porque é que aquele homem não faz nada para a calar?

– Aquele homem está à sua procura ou de Kate – replicou a empregada, que se foi embora, depois de olhar pela última vez para Josh.

Maggie também olhou para ele. O que é que aquele homem poderia querer dela? De repente, desejou que a sua irmã mais velha estivesse ali. Aquele homem era suficientemente atraente para deixar uma mulher sem fala. Vestia umas calças de ganga justas e tinha os ombros largos e uns brilhantes olhos azuis. Sem saber porquê, Maggie sentiu que algo se derretia dentro dela.

– A menina é Mary Margaret? A filha de Mike O’Connor?

– Maggie. O meu nome é Maggie.

– Maggie, tenho um problema.

– Que problema? – inquiriu Maggie, imaginando qual era o problema, mas sem saber o que é que tinha a ver com ela.

Para sua surpresa ele estendeu a criança para ela. Automaticamente, estendeu os braços e tomou na menina ao colo, que não parava de chorar. Depois, embalou-a suavemente, apertando-a contra o seu peito.

– Então, querida, não chores. Não chores.

Imediatamente, a menina parou de chorar. Os poucos clientes do restaurante começaram a aplaudir. E, para surpresa de Maggie, o homem virou-se e dirigiu-se para eles, colocando um dedo nos lábios.

Apesar de Maggie não parar de embalar a menina, não tirava os olhos do desconhecido. Em seguida, ele virou-se para ela e fitou-a de uma maneira que fez com que Maggie ficasse nervosa.

– Quem é o senhor? – inquiriu ela, enquanto os olhos da menina se fechavam suavemente.

– Josh McKinley.

Maggie procurou mentalmente a lista de pessoas conhecidas, sem se lembrar de quem era o homem. No entanto, o nome não lhe era estranho. Onde é que o ouvira anteriormente? A maioria dos homens que ela conhecia trabalhavam na empresa de contabilidade onde ela trabalhava. Mas aquele homem não era um dos seus colegas. Não, com aqueles músculos. Ela não se teria esquecido dele.

– Desculpe, mas não…

– Sou um investigador privado. O seu pai pediu-me para encontrar a sua irmã.

– Ah, sim! O meu pai mencionou…

– Sei perfeitamente que não me deve nada, mas preciso de uma mulher.

Maggie abriu a boca para voltar a fechá-la rapidamente. Se alguém tivesse precisado de uma mulher O’Connor, certamente teria sido de Kate, a sua vivaz irmã ruiva, e não da aborrecida Maggie.

– Para quê? – inquiriu ela.

– Para quê? Pois, pelo bebé, para que outra coisa senão pelo bebé? – inquiriu ele, como se ela tivesse acabado de fazer a pergunta mais parva do mundo.

– Procura uma ama? E porque é que acha que eu saberia onde… ?

– Não preciso de uma ama – interrompeu ele, esfregando a testa. – Bom, efectivamente, vou precisar de uma ama no futuro, mas, neste momento, preciso de alguém que me diga o que é que tenho de fazer.

Maggie tinha a certeza de que se lhe continuasse a perguntar, esclareceria rapidamente o que é que aquele homem queria. No entanto, com cada pergunta, a situação parecia complicar-se mais.

– Fazer o quê? – perguntou Maggie. Daquela vez a sua voz saiu mais forte do que anteriormente e a menina voltou a chorar.

– Com isso! – exclamou ele, completamente desesperado.

– Com o bebé? – insistiu Maggie, colocando-o sobre o ombro para lhe dar palmadinhas nas costas.

– Sim! De que outra coisa poderia estar a falar?

– Oiça, senhor McKinley – replicou Maggie, farta daquela conversa que não parecia levar a nenhum lugar. – Acho que será melhor começarmos do início. – De quem é este bebé?

– Meu – replicou ele, contrafeito.

– Seu? É o pai?

– Sim, maldição!

– Como é que se chama a menina?

– Como é que sabe que é uma menina?

– Porque está vestida de cor-de-rosa.

– Ah…

– Como é que se chama? – insistiu Maggie.

– Chama-se… Maldição! Não me lembro.

– Não se lembra do nome da sua filha? – inquiriu Maggie, surpreendida.

– Eu… – começou por corar – … Foi uma surpresa para mim. Não percebe que eu nem sabia da sua existência até que… que eles ma deram. Sei que me disseram um nome. É um nome clássico – acrescentou, esfregando a testa. – Vou lembrar-me.

– Não posso acreditar que não saiba o nome da sua…

– Oiça! Páre de me repreender! Já lhe disse que… E deve estar nos documentos que tenho no carro – acrescentou, virando-se.

– Onde é que vai? – inquiriu Maggie, receosa que o homem não voltasse.

– Vou ao carro ver como é que se chama. É isso que queria, não é?

– Não! Isto é… como sei que vai voltar?

Foi evidente que aquela pergunta não agradou a Josh. De repente, pôs a mão no bolso e tirou a sua carteira.

– Aqui tem a minha carta de condução, o meu dinheiro e os meus cartões de crédito. Chega isso? – inquiriu, colocando a carteira no balcão e dirigindo-se para a porta.

Maggie não se mexeu. Ficou imóvel com a menina ao colo a olhar para a carteira como se receasse que fosse a correr atrás do dono.

Dois minutos mais tarde, ele voltou a aparecer com um pequeno saco.

– Está tudo aqui – murmurou, procurando no saco. Depois, com uma expressão triunfante no rosto, tirou uns papéis do saco. – Virgínia Lynn. É assim que se chama. Virginia Lynn

– Ginny? É esse o teu nome, querida? – inquiriu Maggie à menina, erguendo-a no ar. Então, a menina soltou um soluço e agarrou no cabelo de Maggie. – Quando foi que comeste pela última vez?

– Deram-lhe um biberão às quatro, porque eu não tinha telefonado. Lembro-me que me disseram às quatro.

– Então, provavelmente o que ela tem é fome. O que é que come?

– Olhe, porque é que me está a fazer essas perguntas? Eu não sei nada de crianças. Por isso é que preciso de uma mulher.

– Terão colocado algo no saco?

– Tem o biberão aqui, mas está vazio – replicou ele, tirando-o do saco e entregando-lho a ela.

– Wanda! – exclamou ela, chamando a empregada por cima do ombro. – Podes esterilizar este biberão e enchê-lo de leite?

– Leite gordo ou magro?

Maggie olhou para Josh sem saber o que responder. Ele encolheu os ombros. Como parecia que ela lhe ia devolver a criança, ele deu um passo atrás.

– Não vai desistir só porque eu não sei o tipo de leite que a menina bebe, pois não?

– Claro que não! No entanto, pensei que pudesse agarrar nela enquanto eu telefono para a minha irmã. O meu sobrinho tem quase um ano e Kate saberá o que é que temos de fazer.

Contrafeito, ele voltou a pegar na menina ao colo, apertando-a contra o seu corpo, como se tivesse a intenção de repetir o que Maggie fizera. Ela dirigiu-se para o telefone. Naquele momento, a menina voltou a chorar.

– Detesta-me – protestou ele, seguindo Maggie.

– Não seja parvo. Provavelmente, não está habituada ao tom de voz de um homem. Fale mais suavemente – sugeriu ela, enquanto marcava o número de telefone da sua irmã Kate. – Kate, sabes que tipo de leite deve tomar um bebé? – inquiriu Maggie, assim que a sua irmã respondeu ao telefone.

– Maggie? O que é que disseste? – inquiriu Kate, assim que reconheceu a voz da sua irmã.

– Está aqui um homem com uma menina pequena e estamos a preparar-lhe um biberão, mas não sabemos que tipo de leite deve beber.

– Que idade tem a menina? – inquiriu Kate.

Maggie não se atrevia a pedir mais informações ao homem, mas não tinha outro remédio.

– Que idade é que ela tem? – inquiriu Maggie, sem esperar que ele o soubesse.

– Oito meses – replicou ele, deixando-a surpreendida. – Nasceu em Outubro.

Depois de repetir aquela informação para a sua irmã, Kate replicou:

– Nesse caso, podes dar-lhe leite gordo. Provavelmente, também poderá comer algo em puré se não for muito condimentado. Ouve, podes explicar-me o que é que está a acontecer?

Maggie explicou tudo o que Josh McKinley lhe tinha contado.

– Oiça, talvez a sua irmã possa tomar conta da menina, por esta noite – sugeriu ele a Maggie.

– Duvido – replicou ela, reparando como estavam perto um do outro.

– Pergunte-lhe.

– Kate, ele quer saber se podes tomar conta de Ginny por esta noite?

– O quê? – gritou Kate. – Não, não, diz-lhe que não posso. Nate tem varicela e não acho que seja uma boa ideia…

– Não, claro que não. Tens razão.

– Olhe, estou disposto a pagar – dizia Josh, por outro lado.

– O filho da minha irmã tem varicela – explicou Maggie.

Antes dele poder responder, Ginny começou novamente a chorar.

– Será melhor que desligues e lhe dês algo para comer – declarou Kate, desde o outro lado da linha. – Não te esqueças de lhe mudar a fralda. Provavelmente, está molhada.

Maggie desligou o telefone e perguntou a Josh:

– Tem fraldas secas? Quando é que foi mudada pela última vez?

– Mudada? – inquiriu o homem, sem saber ao que ela se referia? – Quer dizer… ? – acrescentou, apontando para o traseiro da menina.

– Claro que é a isso que me refiro. Ainda não lhe trocou as fraldas, pois não? Há quanto tempo é que está consigo?

– Há umas horas. Eu não sei o que fazer.

– Tem fraldas?

– Será melhor que seja a menina a ver – sugeriu ele, apertando o bebé como se tivesse receio de que lhe fugisse.

Maggie abriu o saco e encontrou cinco fraldas.

– Que bom! Vou levá-lo onde a poderá mudar enquanto eu lhe preparo um puré de batata e um biberão.

– Puré de batata?

-se para o restaurante, no preciso momento em que Josh entrava na cozinha com a criança.

– Já lhe mudei as fraldas – declarou ele.

Maggie olhou como ele colocara a fralda. Estava um pouco torcida e os adesivos estavam em ângulos estranhos, mas pelo menos fizera-o.

– Bom trabalho – replicou ela, sentindo-se generosa.

– Tive que deitar fora duas fraldas – admitiu ele. – Essas coisas colam onde não devem.

– Então, quando se for embora daqui, será melhor parar para comprar fraldas. As duas que lhe restam não devem durar muito – afirmou ela, lembrando-se de como a sua irmã costumava protestar pelo número de fraldas que Natan utilizava.

Pareceu-lhe que, novamente, Josh entrava em pânico. No entanto, ao aproximar-se de Maggie, Ginny estendeu os braços para ela para que lhe pegasse ao colo. O coração de Maggie deu um salto e pegou na menina ao colo.

– Querida, tens fome? – inquiriu, enquanto segurava a menina com uma mão e com a outra agarrava no prato com puré. – Encha o biberão com o leite morno e traga-mo – ordenou a Josh, antes de desaparecer pelas portas que davam para a sala de jantar.

Parecia que tinha tomado conta de Ginny todos os dias da sua vida.

 

 

Josh viu como o atraente traseiro de Maggie desaparecia pelas portas. Depois, abanou a cabeça. Como é que podia reparar naquelas coisas num momento como aquele? Tinha uma menina para tomar conta.

Ginny. Tinha que tratar de Ginny.

Mas Ginny queria Maggie. Ele não podia culpar a menina, mas também não podia negar que se sentia ciumento.

Percebendo que aqueles pensamentos eram uma parvoíce, encheu o biberão de leite morno, apertou bem a tetina e seguiu Maggie.

– Já comeu? – inquiriu Maggie, quando chegou ao pequeno cubículo onde ela estava sentada.

– Eu… ? Não – replicou ele, um segundo mais tarde. – Tenho estado ocupado com Ginny…

– Wanda, traz um menu, se faz favor – ordenou Maggie, sem parar de olhar para a menina.

Josh compreendeu o porquê. Aquela criança parecia ter de repente oito mãos, mexendo-as incessantemente, tentando agarrar na colher.

Então, distraiu-se com o menu que Wanda colocou diante dela. Josh descobriu rapidamente o que queria comer e fez o pedido à empregada que lhe trouxe rapidamente a comida.

Depois de comer, inclinou-se para trás e reparou que Maggie, com a menina ao colo, olhava para ele em silêncio.

Ginny não estava a olhar para ele. Aconchegada contra o peito de Maggie, a menina dormia calmamente. Naquele momento, Josh percebeu o que é que precisava.

– Queres vir para casa comigo? – inquiriu ele.